GUIDO IVAN DE CARVALHO

Guido Ivan de Carvalho, brasileiro, casado, nascido no ano de 1935, em Cruzeiro do Sul, no estado de São Paulo. Era irmão de Gilson Carvalho, médico sanitarista, e esposo de Lenir Santos, advogada. Viveu desde os 17 anos de idade no Rio de Janeiro, e em 1983, aos 48 anos de idade, fixou residência na cidade de Campinas, no estado de São Paulo. Também residiu no estado do Acre, na capital Rio Branco e nos Estados Unidos, em Washington DC.

Foi advogado e formou-se na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Atuou como Juiz em Rio Branco, Acre. Guido Carvalho foi o primeiro advogado brasileiro a se identificar como advogado sanitarista. Foi membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), na capital Washington, onde trabalhou durante três anos. Trabalhou como consultor jurídico do Ministério da Educação (MEC) por mais de quinze anos e também foi diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP-MEC).

Foi procurador chefe da Procuradoria Geral da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). De 1987 a 1991 também atuou como assessor jurídico da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo. Atuação no campo do direito sanitário entre os anos de 1987 a 1998: Elaborou o Convênio de Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) e o Decreto Federal de nº 94.657, de 20 de julho de 1987 que criou o Programa SUDS e o Decreto Estadual – SP de nº 28.410, de 20 de maio de 1988 que reconheceu no Estado de São Paulo o SUDS como o sistema de saúde estadual.

CARVALHO, Guido Ivan de.  Versos, diversos.    Orelha do livro por Sebastião Ximenes Júnior.  Prefácio por Rubem Alves. Campinas, SP:  s. n. , 1997.   128 p.  Capa:        Carlos Lamari. Apresentação por Lenir Lamari.  
Ex. bibl. Antonio Miranda, doação do livreiro Brito.

O BEM MAIOR

 

Quem pode conhecer a dor alheia
se o que sofre esconde o se mal?
aparentando paz, sem dar sinal
de que se encontra como numa teia?

Se a dádiva, a quem pede, é um bem
quando se dá de puro coração,
dádiva maior existe quando alguém
percebe o rogo por intuição.

Assim, amigo, fique sempre atento
ao oculto sinal de quem implora
e não sabe externar o seu pedido,

porque o mais benéfico alimento
pra que sorri na angústia e não chora
é dado só por ter compreendido.

 

 

SUPERAÇÃO

Posso nada ter de grande a oferecer,
mas sonho todo dei em superar a mesmice
e às vezes tenho para mim que venci.
Basta-me, nesta angústia de não ser igual a todos —
que são os mesmos em qualquer tempo —
o querer não ser igual.
Nem ser diferente, só pela diferença.
Sonho mudar a cada dia.
Para cada dia não ser o mesmo
que todos esperam,
mas o inesperado
que de repente alguém aceite.
A expectativa de minha sonhada valia
vai mitigando a angústia da espera.  

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